Liga da Mulhere Angolana
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Nota de repúdio e de solidariedade à Delegação dos Deputados do Grupo Parlamentar da UNITA
Em pleno mês da paz e no exercício democrático, assiste-se pelo país, à intolerância política desenfreada, de um lado, com atitudes de falta de civismo da parte de quem governa, manifesta na falta de vergonha de governadores provinciais negarem ou esquivarem-se dos cumprimentos de cortesia aos deputados do Grupo Parlamentar da UNITA, com o cúmulo da ausência da cultura democrática e da consciência de convivência na diferença, à que estamos todos condenados a vivermos como irmãos e como estado plural!

Não se trata de nenhum filme de terror pois, o ataque que ocorreu ontem, dia 12 de Abril de 2024, por volta das 10h15 na localidade do Longa contra Deputados da UNITA, composta pelos Deputados João Muzaza Kaweza, David Kisadila, Jeremias Abílio e o Assessor Maurílio Luiele, em deputação, no quadro das Jornadas Municipais na Província do Cuando Cubango, que se deslocava ao município do Cuito Cuanavale, espelha mais um golpe baixo que unicamente se imputa a fragilidade do executivo de João Lourenço.

Não é salutar que 22 anos de paz celebrados neste mês de abril, dia 04, portanto, uma Delegação do GPU ainda seja alvo de ataque, quando na verdade se encontravam no exercício das suas obrigações e em nome do povo angolano.

Este acontecimento premeditado que realça, claramente, o nível de violência, fruto da falta de vontade política de juntos buscarmos as melhores vias para a realização das autarquias no país, revela uma vez mais, a verdadeira face antidemocrática do partido no poder.
Com mais esta evidente prática, a LIMA reafirma que vivemos sim, numa sociedade extremamente intolerante! O partido no poder tem dado passos simulados que põem em causa as acções dos partidos da oposição por se oporem (passa à redundância) aos procedimentos e pronunciamentos menos esclarecedores referentes ao cumprimento cabal do processo autárquico em Angola.

Todas as agressões, ataques contra a oposição são traduzidos como um alinhamento tácito com aqueles que veem ameaçados os seus interesses ou sistemas de roubo e delapidação do Erário, uma vez que, com a realização das autarquias verão as torneiras das suas receitas económico-financeiras comprometidas ou fechadas.

Para quem tem seguido o desenrolar dos passos que concorrem para a materialização cabal da democratização do país e o consequente processo autárquico, não lhe resta mais dúvidas de que, o MPLA seja o maior agressor da paz e da reconciliação nacional.

O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA está ciente de que, todas as guerras por que passamos, desde a independência nacional, resultaram sempre da intolerância política, pelo facto do MPLA não aceitar o pensar e o agir diferente dentro dos parâmentros que regem a boa convivência nacional, é um sacrilégio enorme do MPLA admitir e ouvir a opinião do Outro que pense diferentemente. Tudo que venha da oposição é opinião do inimigo e deve ser rejeitado ou aniquilado, a exemplo desse bárbaro ataque a cidadãos, membros da UNITA militarmentes desarmados há 22 anos! Este tipo de postura política representa um grande perigo à paz e uma ameaça à reconciliação nacional.

A LIMA, Liga da Mulher Angolana, vem a público afirmar que todas as manobras ou tendências que visem pôr em causa, o processo de paz serão desencorajados por vias que asseguram o bem maior, a vida dos cidadãos através do recurso às leis reconhecidas nacional e internacionalmente.

Em Angola, infelizmente temos um partido que julga que democracia é sujeitar-se às ideias e práticas do tempo partido único, quando os cidadãos não eram livres; vivendo permanentemente do Sim Senhor! Vinte e dois anos de paz vivemos um terror; vivemos uma democracia volátil.

O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA apela as demais Mulheres filiadas ou não nos partidos políticos, a promoverem a mensagem da PAZ, uma palavra constituída apenas por três letras, mas de alto valor e significado social e humano pois, o calar das armas deve ser traduzido, no progresso e desenvolvimento sustentável das famílias e não mais ao derramamento de sangue dos nossos filhos, esposos, sobrinhos, primos, cunhados, tios, irmãos, vizinhos e amigos.

Basta de matar o nosso compatriota por razões de ambição desmedida. Traduzamos o verdadeiro espírito da paz de há 22 anos, num grande ganho de todos os Angolanos que veio mostrar-nos a necessidade de juntos pensarmos Angola. Ela é, na verdade, a causa da nossa efémera e humilde existência na terra. Por isso, BASTA de conflitos!"

O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA solidariza-se, com os Deputados do Grupo Parlamentar da UNITA, para os companheiros em uniforme da UNITA feridos, augura rápidas melhoras e a coragem de continuarmos a defender os interesses sublimes do povo angolano! Basta de sangue inglório e clamamos de viva voz, não mais à pólvora, não mais ao servilismo e a instrumentalização, pois que, Angola tem tudo para dar certo!

Viva a verdadeira paz!

Viva a democracia genuína!

Viva Angola.

LIMA-Pátria!

LIMA-Unidade!

Luanda 13 de Abril de 2024.

O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA.

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Quinta-feira, 18 de Abril de 2024